O Hotel da Foz da Sertã é um dos muitos paraísos abandonados que existem em Portugal, neste caso nas margens da albufeira de Castelo do Bode. Este localiza-se na freguesia de Cernache do Bonjardim, na localidade da Foz da Sertã, perto da ponte de Vale da Ursa.
O Hotel foi implantado numa exploração de águas medicinais do século XIX, onde era engarrafada a água da Foz da Sertã. Desta forma foi realizada uma linha de engarrafamento e o hotel ficou denominado como hotel termal.
O Hotel possui 4 pisos com 44 quartos e vários apartamentos. Dentro do hotel ainda existem alguns painéis de azulejo, mas a grande maioria dos objectos encontra-se vandalizado. Na parte de trás do hotel encontra-se a mina de onde provêm a água da Foz da Sertã e um edifício que seria a casa do proprietário.
No exterior, mesmo ao lado da albufeira de Castelo do Bode existe uma grande piscina. Esta devido à sua forma e localização parece ser uma piscina de água do rio, a qual se enche com a subida das águas na albufeira, perto da sua cota máxima.
O hotel foi abandonado depois do 25 de Abril de 1974, depois de um acordo realizado para dar alojamento aos retornados das ex-colónias Portuguesas. A partir daí o hotel começou um movimento de degradação tal que levou o dono ao suicídio.
A utilização de uma estrutura de betão armado e vigas de aço ou mesmo a utilização de elevador, mostra que este empreendimento era um grande investimento para a época, uma aposta arrojada que não teve o melhor desfecho.
Para mais informações sobre o Hotel e a Água da Foz da Sertã poderá consultar os endereços abaixo:
Olá!
ResponderEliminarDe facto é uma pena que este edificio esteja neste estado. Seria optimo para a região que alguém conseguisse reeditar o sonho do antigo proprietário e tornar a pôr no activo o Hotel da Foz.
Tenho casa do outro lado do rio mesmo em frente (onde passo férias)e o meu pai trabalhou na construção do hotel e lembro-me de ter os meus 12 ou 13 anos e de andar por lá a ver as velhas e degradadas instalações... outros tempos...
Luis Simões
Obrigado pelo comentário.
ResponderEliminarSeria muito interessante ver aqui algumas fotos dessa altura ou algum relato. Se conseguir disponibilizar, desde já o meu obrigado.
ok, amanhã irei ao Rio Cimeiro e tentarei saber alguma coisa.
ResponderEliminarOlá, eis o que consegui saber, pois a razão da visita não foi a melhor e não deu muito tempo para falar: quando o meu pai tinha 16 anos, 1951, ia em grupo de barco do lado de cá para o lado de lá. O dono do hotel tinha uma lancha a motor para ir buscar serventes e pedreiros a outros locais. Pagamento, nunca faltou e era o sobrinho do dono que tratava de tudo. O sr. Alcobia, era o mestre de obras e veio a falecer numa obra em Lisboa, ao cair de uma altura elevada. Fotos, não há mesmo.
ResponderEliminarLuis
Muito obrigado pelo contributo.
ResponderEliminartenho 29 anos e desde pequena que me lembro de ir ao hotel encher garrafas de água. Sempre o vi no estado em que está. Com muita pena minha. O meu avó tinha casa um pouco acima do Hotel, a casa onde os meus tios e a minha mãe nasceram. Comprar e restaurar este Hotel é daqueles sonhos que tenho quando penso no Euromilhões.
ResponderEliminarEm 1998 fui em grupo passar um fim de semana aquela zona e alguém nos aconselhou a visitar aquele edifício abandonado.
ResponderEliminarAo chegarmos ao local ficámos abismados com tal obra e como podia a mesma estar naquele estado de degradação... Alguém apurou que após o 25 de Abril entrou em declínio acabando depois por ficar abandonada, após a morte do proprietário. Ali ficámos algumas horas a contemplar a imponência do edifício e a imaginar outras épocas, outras vestes, outras vidas e vivências que terão certamente acontecido naquele local. pena que efetivamente não existam fotos dos tempos áureos daquele projeto, pois seria fantástico poder ver imagens de um edifício magnifico com uma localização geograficamente privilegiada, e em funcionamento.
Quem me consegue saber o dono do imovel, estou interessado para reconstruir e fazer um aparhotel de luxo.
ResponderEliminarObrigado