A primeira metade do ano, na albufeira de Castelo do Bode, foi caracterizada pela baixa precipitação e consequentemente baixo caudal turbinado e menos energia produzida pela Central Hidroeléctrica.
Ao contrário dos ano anteriores, onde a primeira parte do ano era caracterizada por uma subida da cota da albufeira, este ano a albufeira de Castelo do Bode diminuiu o seu volume armazenado até aos finais de Abril. Entre os meses de Abril e Maio, a precipitação que se fez sentir na bacia hidrográfica do rio Zêzere em conjunto com a diminuição do caudal turbinado, provocou um aumento do armazenamento da albufeira para a época de Calor onde historicamente a albufeira diminui o seu volume de água armazenado.
O caudal turbinado pela barragem foi bastante baixo durante todo o ano, nunca ultrapassando o 100m3/s de média diária. Esta foi uma das consequências da primeira parte do ano de seca, na generalidade do território Continental, que levaria ou a uma grande diminuição dos armazenamentos das albufeiras ou a uma grande diminuição dos caudais turbinados e consequente quebra da produção hidroeléctrica nacional. Esta ultima opção foi a adoptada na albufeira de Castelo do Bode, por ser uma albufeira estratégica nacional, com outras capacidades de natureza não energética. Para se ter um termo de comparação, o caudal turbinado na Central Hidroeléctrica de Castelo do Bode, durante o mesmo periodo do ano de 2011, foi 9 vezes superior ao caudal turbinado em 2012.